Não é de hoje que ouvimos muitas vozes anunciando que estamos numa época de avivamento e que antes do arrebatamento da igreja, nos dias finais, provaremos um poder extraordinário do Espirito Santo. Muitos pregadores se baseiam na profecia de Joel 2:28 e corroboram com as palavras do Apóstolo Pedro no discurso de Atos 2:17, pois o discípulo de Jesus acrescenta à profecia veterotestamentária o termo “E há de ser que nos últimos dias...”
Estão expostos aos olhos de todos as mais diversas manifestações sob a égide: “É poder de Deus, é mistério, é reteté, enfim é avivamento.”
Entretanto basta uma simples busca no transcurso da história para percebermos um contraste do aviamento antigo com o hodierno!
Todo derramamento de poder divino tinha uma característica mor, um arrependimento profundo e a convicção do pecado. Antes de qualquer avivamento, vinha o arrependimento.
O apóstolo Paulo vaticina que a vinda do Senhor Jesus seria precedida pela apostasia, 2° Tessalonicenses 2:3. Ainda diz que viria um tempo que as pessoas não suportariam a sã doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos, amontoariam para si doutores conforme as suas próprias concupiscências, 2° Timóteo 4:3.
Vivemos um período de afastamento da palavra de Deus e uma aproximação das piores aberrações disfarçadas de bençãos. Ora, se há um distanciamento da palavra de Deus consequentemente não há arrependimento de pecados e assim é impossível vivermos esse tal avivamento. Concordo com Dwight L. Moody: “Ou este livro me afasta do pecado ou o pecado me afastará deste livro.”
Sem sombra de dúvidas, estamos no “olho do furacão da apostasia”. As pregações, as canções e as liturgias passaram de Cristocêntrica para Antropocêntrica. Deus não é mais o centro, mas, sim, o homem.
Em tempos de outrora, a maioria esmagadora das pregações e canções falavam do combate ao pecado, de uma vida de santidade, do calvário, de renúncia pelo evangelho, da vinda do Senhor. Entretanto, o atual cenário evangélico rechaça a essência protestante passada.
O homem é o centro, e tudo gira em torno de seu bem-estar terreno. O ensino não induz o crente a apresentar o corpo em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, Romanos 12:1. Deseja-se o material e não o espiritual, Mateus 6:33.
O apóstolo Paulo escreve aos Colossenses 3:1, “Se já ressuscitastes com Cristo, então buscai as coisas que são do alto...” Não obstante, o que vemos é literalmente o oposto da recomendação da epístola paulina. Ao que tudo indica, tiraram o baú do tesouro dos céus e o colocaram no alvo das traças, das ferrugens e dos ladrões, Mateus 6:19-20.
Querem os holofotes, as luzes da ribalta, a atenção, o destaque, o triunfo, o auge, e o que João Batista disse foi lançado no limbo, João 3:30: “É necessário que Ele cresça e que eu diminua...”
Concluo dizendo que avivamento sem arrependimento não passa de movimento frívolo, sem efeito, sem resultado, sem transformação, sem pecador no limiar do arrependimento divino.
Autor Pr Jean Sousa.
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