O casamento é a coroação de uma
relação pautada em um processo misto de amor e razão. O amor entrelaça a alma,
atraindo os corpos para uma convivência a dois. A razão, por sua vez, leva os
enamorados a tomarem a decisão de viverem unidos “até que a morte os separem”.
O matrimônio foi instituído por
Deus, e o desejo do Eterno Yahweh é que essa relação seja indissolúvel enquanto
viverem os cônjuges. Entretanto, esse desejo divino vem sendo deixado de lado
na sociedade hodierna em detrimento da dureza do coração do homem, Mateus 19:8.
Os números acerca do divórcio
estão aumentando assustadoramente. No ano de 2006, a quantidade de casamentos
desfeitos chegava próximo de 80 mil no Brasil, número que por si só já era
alarmante. Não obstante, segundo os dados do IBGE - Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística, o divórcio aumentou de forma avassaladora nos últimos cinco
anos, atingindo uma média de 140 mil por ano (até 2011).
Diante dos dados supracitados,
uma interrogação surge: Será que nos tornamos tão insensíveis ao ponto de não
desejarmos o que o Senhor deseja para o casamento? “Venerado seja entre todos o matrimônio...” Hebreus 13:4.
As consequências de uma
separação vão muito mais além de nossas convicções e são extremamente
destruidoras.
Todos usam a célebre frase: “O que Deus uniu não separe o homem”, Mateus
19:6. Entretanto, para a maioria dos divórcios, as justificativas são no
mínimo frívolas, arraigadas no interesse pessoal e no egoísmo. Não percebem que
aquele que provoca o fim do casamento está literalmente, pelo menos
momentaneamente, se afastando de Deus. Ora, se Deus está unindo o casal, fica
claro que Ele está segurando nas mãos dos cônjuges para que tal união aconteça.
Com isto, fica pelo menos subentendido que para alguém desistir do casamento,
esta pessoa terá que soltar-se das mãos de Deus e ficar por conta própria, pois
o Senhor não é complacente com o fim da relação conjugal, Malaquias 2:16.
Infelizmente vivemos a época
anunciada pelo Ap. Paulo: “Sabe, porém,
isto: que nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos; porque haverá homens
amantes de si mesmos....mais amigos dos deleites do que de Deus...”II Timóteo
3:1-5. Ao que tudo indica, vale tudo pela felicidade egocêntrica, onde o
que importa de verdade é a MINHA e não a SUA realização.
Alguns meses atrás, fui
procurado por uma pessoa solicitando conselho, pois queria desesperadamente o
divórcio. Perguntei os motivos para isso, e para minha surpresa ouvi a seguinte
resposta: "Não gosto mais do meu cônjuge, preciso ser feliz, simplesmente não
quero mais essa pessoa!"
Confesso, fiquei pasmo ao ouvir
tal justificativa.
O casamento não foi instituído
para que o eu seja feito feliz, mas que o eu possa fazer o outro feliz. Todavia,
o homem está inserido em uma sociedade orgulhosa, soberba, presunçosa e
extremamente egoísta. A roda dos escarnecedores tem tirado a sensibilidade espiritual
dos crentes, não sendo possível ouvir o grito do Espírito de Deus contra o
divórcio e, consequentemente, não sentir a dor insuportável do fim do
casamento.
Contudo, há dias passados li um
triste depoimento de uma pessoa que passou pela amarga experiência do divórcio,
disse ela: “Somente a dor da morte pode
aplacar a dor de uma separação, ainda que não se goste do cônjuge”.
Não há como maquiar o sofrimento
de um divórcio. As consequências atingem avassaladoramente pelo menos um dos cônjuges,
os filhos, as famílias de ambos os lados, a sociedade e até o reino de Deus.
Ninguém ganha, somente o diabo. A ferida pode até cicatrizar, mas ficará com uma
película bem fina sobre a chaga causada, onde o mais simples toque romperá a
cicatriz e irá expor a ferida.
Lute com unhas e dentes para
preservar seu casamento, Deus irá ajuda-lo nessa empreitada, pois Ele mesmo é o
mais interessado na restauração de seu lar.
(Autor: Pr Jean Sousa)
(Autor: Pr Jean Sousa)